Combatendo os desafios da seca no Brasil
Aproveitando o poder dos fertilizantes orgânicos e minerais.
Por: Matheus Diogo Penteado
As longas estiagens assombram os produtores no Brasil, segundo o boletim de monitoramento de secas e impacto no Brasil, conduzido pelo governo federal, indicam que mais de mil e quinhentos municípios já sofrem com a estiagem no país. O estado do Rio Grande do Sul é o estado que mais vem sofrendo com o tempo seco, são mais de 400 municípios que tiveram 80% de sua área afetada, até tendo relatos de alguns produtores que tiveram perdas de 100% em suas culturas. Os outros estados não estão livres desse problema, o boletim mostra que no estado de São Paulo tiveram 78 municípios afetados em mais de 80% de sua área. O fato mostra a importância de explorar novos mecanismos de manutenção de culturas, principalmente as culturas anuais, que normalmente passam por todas as mudanças climáticas que ocorrem no ano.
A condição de estresse hídrico acontece quando a água armazenada no solo é insuficiente para sustentar o crescimento vegetal, a avaliação dos impactos da seca é calculada pelo índice de saúde vegetal (VHI). Os índices de março de 2023 mostram um aumento para condições de estresse hídrico em todo o país, porém de maneira mais expressiva nas regiões Sul e sudeste, sendo a região sudeste que teve um maior aumento, cerca de 100mil km². Com essas condições é comum ficarmos apreensivos com o desenvolvimento de nossas lavouras, o medo de investir e perder boa parte das produções tomam conta dos pensamentos dos agricultores, entretanto, com as novas tecnologias de adubação podemos, sim, produzir bem em tempos difíceis.
As novas ferramentas consistem no uso da adubação organomineral, em especial, adubos que possuem turfa em sua composição, esse elemento essencial possui propriedades de absorção de umidade, que em primeiro momento fica retida, mas depois se torna disponível no solo para as plantas, contribuindo diretamente para a conservação das lavouras nos tempos mais secos. Além de reter umidade, ela também impede a volatização da água e dos nutrientes do adubo. A adubação biológica também é uma grande opção para os agricultores, pois esta visa um aumento na biodiversidade do solo. Uma maior biodiversidade no solo, proporciona um aumento de relações ecológicas entre plantas e rizobacterias promotoras de crescimento de plantas (BPCP), as rizobacterias são produtoras de fito-hormônios que estimulam o crescimento da vegetação; certamente onde vemos mais rizobacterias vamos observar também uma maior massa foliar vegetal, aumentando as condições de fotossíntese e consequentemente uma maior produção. Os estudos mais recentes mostram que investir em Rizobactérias e Organominerais, trazem resultados surpreendentemente positivos aos produtores, tanto em seu solo quanto no seu bolso.
Organocampo – Plantando eficiência, colhendo resultados.